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MUNIZ FREIRE - ES

  • Geylla Sall
  • 18 de jul. de 2022
  • 4 min de leitura

Atualizado: 27 de jul. de 2022


Um passeio por Muniz freire, a cidade amizade


O município Muniz Freire foi colonizado em 1846, por imigrantes italianos, vindos para substituir o trabalho escravo nas lavouras de café. Localizado em uma das mais belas regiões do Espírito Santo, o Caparaó, o município de Muniz Freire abriga um riquíssimo potencial turístico e histórico, ainda pouco explorado. Muniz Freire também é conhecida como Cidade Amizade, e foi nessa amistosa cidade que passei um fim de semana e deu pra conhecer bastante coisa, começando pelo centro com seus casarios históricos, onde está a maioria das atrações, entre elas:


A Praça Divino Espírito Santo é uma praça gostosa de ficar para passar o tempo, possui muitas árvores centenárias, alguns monumentos e também um coreto.

Ainda no centro, fui conhecer a Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, sua construção teve início em 1950, após 15 anos a igreja foi inaugurada. Sua arquitetura é basicamente no estilo neogótico, e uma curiosidade é que a mesa eucarística usada até hoje é uma réplica fiel de uma igreja em Roma, os arcos do interior da igreja são bem bonitos assim como as janelas com seus vitrais coloridos retratando imagens bíblicas.




A Igreja de São Cristovão recebe em julho a festa do seu padroeiro prestigiada pelos moradores da cidade.


Ainda falando de turismo religioso minha próxima visita foi no Morro do Cruzeiro cujo diferencial é o acesso que se dá através de rampas em zig-zag, no percurso passei pelas 14 estações da Paixão de Cristo, marcadas por 14 micro capelinhas que ficam nos extremos de cada ponta subida do morro, e no topo está uma pequena capela construída em meados de 1915 e uma cruz de 12 metros.


Descendo do Morro fui para Casa da Cultura Renato Chrispim Aguilar, sediada num prédio de dois andares construído em 1927, onde também está o Museu Histórico Municipal, que abriga toda a memória de Muniz Freire. O local conta com um auditório e uma Galeria com fotos dos ex-prefeitos da cidade e objetos antigos como telefones, bicicletas, rádios, histórias de ex combatentes Muniz-freirenses entre muitos outros objetos.


Em frente à Casa da Cultura está a Torre do relógio, fiquei encantada com este monumento, fiquei sabendo que é uma homenagem aos imigrantes italianos da cidade, a torre é uma fonte-chafariz, mas estava desligava, infelizmente não vi em funcionamento.


Entre cachoeiras e vales


Cachoeira Amorim, Cachoeira de Santo Antônio, Cachoeira de Tombos, Cachoeira dos Buenos, Cachoeiro do Sumidouro e a Cachoeira do Rio Pardo, não é permitida a entrada, mas fica num lugar bem alto e dependendo de onde você estiver na cidade, dá pra avistar sua beleza. O município totaliza 17 cachoeiras para você escolher e se refrescar.


A Cachoeira do Muladeiro tem uma história interessante, diz a lenda que um senhor que levava mulas para vender de um lugar para outro parou nesta cachoeira para descansar, e alguém seguiu por saber que ele tinha dinheiro da venda da mula e o matou para ficar com o dinheiro, próximo a cachoeira tem uma cruz que mostra o exato local da morte do muladeiro.


A Cachoeira de Santa Rosa ou Cachoeira dos “Pimenta” ou ainda, Cachoeira Menino Jesus, está no distrito de Menino Jesus, ela agrada pelas águas transparentes e piscinas naturais. O acesso se dá através de estrada de chão batido, possui 4 poços todos excelentes para banho e estacionamento, não possui infraestrutura, sendo assim se for passar o dia, o ideal é levar sua alimentação.


Belezas naturais é o que não faltam


Num território tão vasto, belezas naturais é o que não faltam. A chegada ao município já é de tirar o fôlego. Se você for pela BR-262, vai se deparar com o Vale do Guarani, um dos cartões postais da cidade.


Saindo do município em direção a Castelo, pela ES -379, você vai se deparar com uma vista belíssima de Muniz Freire, essa vista é o Vale do Apolinário que não tem como não admirar.


A caminho de Iúna, no distrito de São Pedro, se encontra o Seio de Abraão um dos pontos mais altos da cidade, onde é possível avistar o Caparaó. O monumento natural fica na Serra do Valentim, uma das maiores áreas de mata nativa preservada do município e local de trilha de fim de semana para os mais aventureiros.


Morro de São Cristovão conhecido também como Morro da Embratel, por ter a torre da Embratel, é lá que a prática de voo livre é realizada pelos aventureiros de plantão.


Fazenda Santa Maria, uma das mais antigas da região, é preservada até hoje, um local cheio de história, uma memória viva do período colonial, quando imperava a monocultura do café. A fazenda ainda guardava peças da época da escravidão no Brasil, mas por vergonha do que acontecia ali, o dono fez uma enorme fogueira no meio do terreno e queimou tudo que fazia referência aos maus tratos dos escravos. Hoje, onde era a senzala possui máquinas e equipamentos de colheita de café. A fazenda ainda conta com uma nascente.


Antigamente a energia elétrica de Muniz Freire vinha da antiga Usina da Cachoeira do Rio Pardo, que está desativada há décadas, a antiga usina ainda mantém sua estrutura, inclusive as antigas turbinas. A ideia é transformar o local em um centro cultural, um museu da energia.


Associação dos Atletas do Banco do Brasil – AABB é um local é um clube com piscina e área de lazer, restaurante e lanchonete. Para usufruir do espaço é cobrado uma pequena taxa na entrada.


O antigo Pesque-Pague do Carlinhos mudou de direção e passou a se chamar Sítio Vista linda, uma pousada com haras, cachoeira e restaurante que também recebe grandes grupos nos seus alojamentos. A entrada é gratuita, pode levar alimentação, mas é preciso consumir a bebida no local. Outra opção na mesma linha é o Pesque-Pague do João Godinho.


Pontos turísticos que não fui: Gruta dos Briosques, local que dá para fazer rapel; o parque de exposições e a rodoviária que possui várias lojinhas.



FOTOS: DAQUIPRALI, PREFEITURA DE MUNIZ FREIRE, TADEU BIANCONI E INTERNET

 
 
 

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quem sou
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Geila Salomão Santos ou Geylla Sall. Mineira de certidão, capixaba de coração. Publicitária e apaixonada por viagens. Sempre que posso fujo de casa e vou daquiprali, dalipralá, daquidali... Idealizo um dia conhecer as 78 cidades do meu estado, Espírito Santo, todos os "27" estados brasileiros e todos os países que fazem parte do meu imaginário de viagem incrível. Meu sonho de consumo sempre foi ter um motorhome e rodar o mundo. Como diz Amyr Klink "um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir".

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